sexta-feira, 29 de julho de 2005

Fazendo sentido

Falar de amor é difícil, assim como vivê-lo, mas com certeza morrerei tentando...

“Why don't you come to your senses
Come down from your fences, open the gate
It may be raining, but there's a rainbow above you
You better let somebody love you”

(Kenny Rogers – Desperado)

O mundo se tornou um lugar frio porque as pessoas são frias, e um reflete o outro. As pessoas são egocêntricas, pensam em si, em como alcançar seus objetivos, em como se fazerem felizes, e se acham espertas por fazerem tudo isso sozinhas.

O que realmente acontece são 6 bilhões de pessoas vivendo no mesmo lugar, umas ao lado das outras, porém sem se verem, sem se tocarem, sem dar importância à existência daquele que é seu vizinho.
Cada ser utiliza seus medos, tristezas e decepções para construir paredes a sua volta, se fecham num mundo só seu, tornam-se solitários, maus: tornam-se corpos onde todos os órgãos funcionam, exceto o coração.

Sei que é assustador destruir algo que construímos, mas nem todos os muros fazem bem e trazem proteção, porque enquanto nos protegemos do resto do mundo (o que provavelmente seria a solução), nos tornamos um perigo para nós mesmos.

Se você quer ser feliz e quer viver, ame. E se você quer amar, não tente destruir o muro de alguém sem antes destruir o seu. Deixe-se amar para fazê-lo, porque da mesma forma que refletimos coisas ruins enquanto somos sós, refletimos coisas boas quando dois são um e quando vários são um conjunto.

sábado, 16 de julho de 2005

Imperfeição perfeita

De uma semana para cá, eu passei a ver o mundo de maneira diferente...
Nós, seres humanos, somos peças de uma grande máquina que só funciona quando todas estão em seus devidos lugares e posições, e isso requer projetos, tentativas, até que finalmente, chega-se ao acerto. Quando acertamos, descobrimos o segredo, e por mais que haja a vontade de fazer novas tentativas como testes antes de assumir a certa de vez, sempre será possível voltar e reconstruir aquilo que funcionava.

“As línguas são imperfeitas
pra que os poemas existam
e eu pergunte donde vêm
os insetos alados e este afeto,
seu braço roçando o meu.”

E eu pergunto muitas coisas... Talvez por insegurança, talvez por saber o que quero, ou ainda porque sou humana, e por mais otimista que seja, a descrença sempre bate à porta.
Mas hoje eu pergunto sobre a felicidade: se ela é tão boa, porque as pessoas têm medo dela? Seria medo de sofrer, ou então medo de causar sofrimento?
Creio que tudo tem um lado positivo e um negativo, porém, há situações em que paga a pena ver o lado positivo e esquecer do negativo, porque se sofremos, uma hora merecemos ser felizes.

Ninguém é perfeito. Com certeza, no meio do caminho, não haverá só pedras, mas também erros. Mas e daí? Se errar é humano, perdoar também.
Eu quero os erros, eu quero as pedras, e quero tudo mais que a imperfeição trouxer, porque é possível viver com tudo isso e ser feliz.
Basta acreditar, e eu acredito. Gostaria muito que você acreditasse também...