segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Hoje é dia de São Valentim

Apesar de só comemorarmos o Dia dos Namorados em 12 de junho, pois é a véspera do Dia do Santo casamenteiro aqui no Brasil, em muitos lugares do mundo, o dia é hoje, Dia de São Valentim.
Não cheguei à conclusão se as datas são só mais uma estratégia capitalista, apesar de ter 99% de certeza sobre isso, mas li algo sobre alimentos afrodisíacos e romance e não pude deixar de pensar no assunto. É inevitável.
Por causa de uma simples data, podemos cometer mais de um pecado no mesmo dia, e ainda levamos alguém a cometê-lo conosco. (Claro, se você acredita em pecados - porque eu não). Ou seja, uma pequena caixa de bombons pode levar a um final surpreendente. Incrível!
Talvez a Isabel Allende esteja certa ao dizer que "a gula é um dos caminhos mais diretos para a luxúria, e se avançarmos um pouquinho mais, para a perdição da alma."
Mas também pode ser que nada disso seja necessário para a perdição da alma. Ela não tem data e nem hora para acontecer, eu acho. Ela acontece naturalmente, não dá pra fugir, é só somar 1+1.

domingo, 13 de fevereiro de 2005

O excesso nos faz inteiros

Conhecer os seus limites e testar os limites dos outros: essas são atividades, se não as atividades que praticamos sempre, e se não as fazemos, deveríamos!
Nunca sabemos o que vai dar certo ou o que vai dar errado até tentar, e não existem bolas de cristal para que possamos descobrir.
Apesar de parecer algo assustador, colocar-se à prova é a única maneira de aprender, mesmo que você erre, ou então exceda o seu limite...
Errar é humano, e aprender com o erro é ser inteligente.
Ultrapassar os limites é essencial para descobrir quais eles são, porque talvez o que parece muito pode ser pouco, e o que parece o fim da linha pode ser apenas uma curva.

Viver intesamente e descobrir qual é o seu bastante é que nos faz inteiros, é o que nos dá motivo para viver.

"A via dos excessos conduz ao palácio da sabedoria, pois não se sabe quanto é o bastante, até que se saiba quanto é mais que o bastante." (William Blake)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Dias em que me sinto sem rumo

Parar para pensar na vida na maioria das vezes não acaba bem. Não porque pensar na vida seja ruim ou perda de tempo, mas porque, normalmente, as coisas que deixamos de fazer e nos causam arrependimentos ganham um tamanho imensurável, enquanto que as boas e que conquistamos com muito trabalho e de maneira gloriosa tornam-se pequeninas, como formigas vistas à distância. (Quando isso acontece, fico sem saber para onde ir, fora do prumo... E isso aconteceu hoje)
Toda essa bagunça veio à tona no começo da noite, e talvez seja verdade que a noite traz o pior... Como a cabeça da gente consegue mudar de idéia tão rápido? De manhã queria uma coisa, e agora, já não sei o que querer, talvez por a vida ter me dado opções demais, ou então porque sou indecisa, ou ainda porque abraçar o mundo seja realmente impossível. Só sei que estou sem rumo, e não por não saber o que quero, mas por querer demais, então, não consigo me decidir. O que fazer nessas horas? Tirar no cara ou coroa, nos dados, no par ou ímpar, e finalmente aceitar que a vida é um jogo e que uma hora você vai perder; ou acreditar que quem domina o destino sou eu, e só eu posso escolher um caminho?
Mas o dia ainda não havia terminado, e após passar o resto da noite com um menininho de 6 anos (completados hoje) que é meu xodó e que me adora, percebi mais um vez que não sabia o que queria. Colocar uma criança no mundo é uma arte, aliás, é a maior; e ter a possibilidade de vê-lo crescer e que você pode influenciar suas escolhas me deixou emocionada, mesmo sabendo isso desde que ele tinha 1 dia de vida. E então, eu, que vivo dizendo que não quero casar e muito menos ter filhos, me deparei com uma Anna que desacreditava em tudo isso, e que agora imaginava que por mais que demorasse, um dia se casaria e deixaria uma herança sua no mundo. Que loucura, como pude mudar novamente de idéia? Não sei, mas outra vez fiquei sem rumo.
Será que algo disso faz sentido? Será que algum dia as idéias contraditórias decidirão desabitar minha mente e decidirei o que quero? Oú será que ser indeciso é o que nos faz todos os dias levantarmos da cama e decidir viver mais aquele dia que começa?
Por enquanto, caminho, mesmo que seja pelo caminho errado, ou mesmo que seja em círculos, não sei o que mais poderia fazer se não continuar andando.