quinta-feira, 15 de outubro de 2009

As pessoas não mudam, apenas evoluem

Sempre gostei de escrever, pensar na vida, filosofar... E essas atividades, antigamente, se tornavam textos postados aqui nesse blog. O problema foi que a vida tomou outros rumos, e ele ficou aqui, esquecido, abandonado, e sem atualizações. No entanto, hoje, me deu uma vontade louca de escrever, de abrir a alma, de me deixar ser vista, e volto a esse refúgio, querendo jogar minhas palavras ao vento.

Antes de decidir sobre o que escrever, me olhei no espelho por meio das minhas antigas postagens, e me vi com alguns anos a menos, uma cara mais jovem, um corpo mais magro: uma adolescente; contudo, percebi que o meu eu interior ainda é o mesmo, e achei isso incrível!

Quantas vezes ouvimos as pessoas dizerem que vão mudar, que vão agir de forma diferente, que farão as coisas na vida de outro jeito?
Acho que ouvimos essas frases constantemente, e com certeza, todos nós já dissemos isso também.
Eu, pelo menos, já disse, mais de uma vez, mas hoje, percebi, e entendi que essas mudanças nunca vão acontecer. Cheguei à conclusão de que não mudamos, evoluímos apenas.

A nossa essência nunca muda, mas, com o passar do tempo, vivemos mais, experimentamos mais, testamos e erramos mais, e uma hora ou outra, finalmente, acertamos mais, porque evoluímos.
Aprendemos a interpretar a nós mesmos, aprendemos a ser menos radicais, menos pessimistas, ou então menos otimistas, e nos tornamos REALISTAS.

Quanto enfrentamos a realidade, transformamos o nosso ser em algo vivo, conectado ao mundo a nossa volta, e aprendemos a transformar sonhos impossíveis em metas possíveis, amores antigos em amigos por quem temos carinho, erros em experiências, e o hoje em momento de busca pelo sucesso.

A bem da verdade é que sem mudar quem somos, descobrimos que a vida pode ser interpretada de vários ângulos diferentes, e então percebemos que há escolhas a serem feitas, cada qual com a sua conseqüência.

Pois bem, a adolescente que parecia viver em crise apenas não sabia, na época, interpretar a vida com mais calma. Hoje, aquela menina tornou-se uma advogada e professora com muitas perspectivas de vida, e muitas escolhas a serem feitas.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Ousar

Você já se arrependeu de, em determinadas circunstâncias, não ter tomado atitudes que viessem, de alguma forma, melhorar sua vida?
Todos nós, quando fazemos exame de consciência, lembramos de vários "agoras" que foram perdidos e que não voltam mais; que o arrependimento de não ter tido, não ter sido, não ter feito, não ter aceito e tantos outros costuma ser doloroso e profundo.
Na realidade, o que nos impede, na maioria das vezes, de ter o que queremos, ser o que sonhamos, fazer o que pensamos e aceitar com o coração é a ousadia que não cultivamos.
A ousadia é, geralmente, escrava do medo...
Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos felizes, pelo medo de ter ousadia de amar? Medo de ousar porque o objeto do amor era mais bonito, mais alto, mais rico, mais jovem, mais culto... E aí, o tempo passou e o agora também.
Quantas vezes perdemos a oportunidade de realizar um grande sonho, por não termos coragem de ousar, de arriscar deixando para depois ou para mais tarde o que deveria ser naquele agora? Quantas vezes não pronunciamos, no momento oportuno, as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturos? Quantas vezes ficamos por medo de partir? Quantas vezes partimos por medo de ficar? Quantas vezes dizemos baixinho o que na verdade gostaríamos de gritar? Quantos "agoras" perdemos esquecendo que o risco pode ser a salvação de muitas alegrias de nossas vidas?
O medo que nos impede de sermos ousado agora, também nos está impedindo de percebermos a linda pessoa que poderemos ser.
O melhor que fazemos é não deixar que os momentos passem.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Dia do Amor

Quando eu era pequena e via propagandas para o Dia dos Namorados, ficava imaginando o dia que seria a minha vez de poder passar por aquela experiência única de trocar presentes com alguém especial. Lembro-me que tudo eram corações. Obviamente, eu sabia o que eram os namorados, mas não entendia precisamente como funcionava essa relação.
Algum tempo depois, chegou a adolescência, muitos conhecidos começaram a namorar, e eu continuei assistindo a tudo aquilo da platéia, continuando a imaginar e a sonhar com o dia em que chegaria a minha vez.
Confesso, às vezes era muito triste e chato ser platéia, parecia ser como assistir a uma super produção hollywoodiana, ou seja, belíssimo e inatingível.
Nessa fase, o fatídico Dia dos Namorados não era mais sonhado e nem esperado, era só uma data "ridícula" que eu queria pular do calendário, (e eu a pulei muitas vezes).
Hoje, pela primeira vez de uma vida que é e será muito longa e feliz, comemoro o Dia dos Namorados sabendo que valeu a pena esperar até meus 20 anos para isso.
Com mais de 9 meses de namoro sólido, feliz, e regado de amor, comemorar este dia é um dos melhores presentes da vida, e o que menos me importa é a vitrine de corações ou as propagandas e promoções para comprar aquele mimo para quem está junto de mim.
Comemorar esta data é celebrar um amor que floresce como uma rosa, é dar valor à vida, ao companheirismo, ao carinho, ao cuidado e a todos os bons sentimentos que existem no Universo. E nada disso seria possível hoje, se eu, a pessoa mais sortuda do mundo, não tivesse sido encontrada e salva por aquele que é o amor eterno da minha vida, o Sami, com quem aprendi a viver, a ser feliz, a ser nós...
Dia dos Namorados é muito bom, mas agora descubro algo melhor ainda: os 365 dias por ano do amor, e por eles eu agradeço todo segundo da vida que antes era minha, e agora é nossa.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

O segredo está sempre na nossa frente

Há pessoas que passam uma vida correndo atrás da felicidade, dos segredos de se viver bem, de ser feliz, porém, essas são as pessoas que dificilmente irão alcançar aquilo que perseguem, porque quanto mais elas correm, mais se distanciam daquilo que procuravam.
Sonhamos muito durante toda nossa existência, mas às vezes deixamos esses sonhos virarem ilusões e nos prendemos a eles crendo que somos infelizes porque não se realizaram.
Há quem pense que felicidade é ser rico, outros, que é ter uma vida confortável sem precisar se esforçar para isso. Porém, o segredo da felicidade e da vida está sempre conosco, é só querer enxergar e saber aproveitar.
A grande alegria da vida é aproveitar os pequenos momentos que se eternizam, fazer coisas banais, comuns ou do dia-a-dia dando-se valor por estar vivo e podendo fazê-las.
SOMOS COMPLETAMENTE FELIZES E VIVOS QUANDO NO DIA MAIS COMUM CURTIMOS CADA INSTANTE E AQUELE DIA COMO OUTRO QUALQUER SE TORNA MAIS UM DIA ESPECIAL.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

O menino e a bicicleta

“Olho pro céu e vejo a pipa no ar,
Ela vai desenhando um sorriso pra mim.
Se vai cair ou se vai flutuar
Só o menino é quem diz.

Sonho em ser pipa voando no céu
Sonho em ser gente sonhando no chão,
Gente com pé de vento que venta
Que voa correndo no chão.

A pipa presa na mão do menino
Olhando pro céu
É desenho, sorriso,
E sonhos feitos de papel.”

(Nô Stopa e Maria Izilda)

Um dia de férias ensolarado, uma rua calma, os pais e o filho pequeno: todos juntos se divertindo.
O pequenino, com seus 4 ou 5 anos, está aprendendo a andar de bicicleta, ainda munido de rodinhas para que não caia, ele acompanha a caminhada de seus pais.
Essas duas pequenas rodas que com tanta coragem e um pouco de dificuldade o menino faz girar tornam para ele o mundo possível. A bicicleta não é só um brinquedo e nem um meio de locomoção, ela é um sonho, e o percurso de um quarteirão é o primeiro passo dessa criança para o infinito, é uma oportunidade de ser porque ela faz a vida acontecer.
No meio da caminho, o menino depara-se com uma pequena subida em virtude da calçada desnivelada, e o percurso calmo e divertido torna-se um obstáculo. Ele tenta subir: uma vez, duas vezes, três vezes, mas não consegue e então chora. Engana-se quem pensa que ele desistiu, ele só está gritando com o mundo, porque acabou de descobrir que ele ganhar algumas vezes não faz dele um vencedor eterno. Seu pai vem para ajudá-lo, levanta a bicicleta para colocar no plano de novo, mas o menino nega a ajuda dessa forma e pede que seu pai dê um empurrãozinho; então, lá estão eles, de volta à diversão e paz daquela tarde em família.

Hoje, o menino cresceu, sabe andar de bicicleta sem rodinhas, sabe subir e descer rampas, ele já não grita mais com o mundo e nem pede um empurrãozinho do pai, porque ele aprendeu que viver é assim mesmo: encontrar dificuldades e tentar ultrapassá-las, e são essas tentativas que fazem dele um vencedor.

O empurrãozinho do pai jamais aconteceu, mas o menino crê nele até hoje e por isso ele segue em frente.

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Balanço sem medida

Todo ano começa e termina igual para aqueles que estão de olho no calendário, mas 2.005 foi diferente: o calendário foi jogado fora, esquecido com prazer e deu lugar à vida.
Um ano, 365 dias, 8.760 horas, 525.600 minutos, 31.536.000 segundos: números convertidos em aprendizado, alegrias e tristezas, amizades, família e muitas lembranças inesquecíveis.
Ano de sons e silêncio, ano deles e nosso, ano de lógica, de fogo, de desesperados, de manhãs seguintes e de tudo.
Um 2.005 que começou parado, sem expectativas e com vida mansa, apenas faculdade e trabalho. Ele foi transformado em ano de sonhos, planos e desejos, e chegou no final como ano de realizações, de amor, de amigos e de alegria.

Como a vida é surpreendente e caminha de maneiras impensadas. O inesperado transforma-se em certo, em força, em segurança e o planejado sai de cena porque fora substituído sem perceber.
Esse ano não tem balanço com prós e contras, porque tudo foi bom, mesmo o que foi ruim.
Meu balanço fecha com um saldo muito positivo, o qual eu converto em agradecimentos e carinho.
Agradeço aos amigos de sempre e os de quase nunca que fazem parte de minha vida, agradeço a você Sami que me deu vida, agradeço ao G10 por ter me acolhido, agradeço aos caminhos tortos e ao mesmo tempo certos da vida.
Muito amor para todos e um 2.006 com saldo infinitamente positivo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Tudo faz pensar

Dizem que se o ser humano parar de pensar, ele morre; pois então, eu acho que os cientistas deveriam arranjar um jeito de colocar o cérebro num modo de espera, "stand by" ou qualquer coisa do gênero.
Essa semana estou péssima: tudo me faz pensar, nada passa por mim sem me deixar em estado crítico, com idéias a mil.
As notícias de jornal me fazem pensar, minha mãe me faz pensar, minha vida me faz pensar, e são tantos pensamentos que às vezes tenho a sensação que deixo de aproveitar porque penso demais! Como é que se faz para o cérebro tirar férias?
O problema maior não é o pensar em si, mas a causa do pensamento: a maioria deles surgem porque alguém ou algo tenta decidir minha vida, mas essa causa não sou eu, e nem com quem eu decidi dividir minha vivência.
Será pedir demais que me deixem em paz? Que tenham apenas opiniões sobre mim, e não interferência? Tô cansada, quero viver do meu jeito, e quem não gostar, bem, que não goste, mas aceite.
Sei que pode ser uma fase, ou apenas uma semana em que o mau humor me pegou desprevinida, mas que seria bom as pessoas pensarem sobre suas vidas ao invés de atrapalhar a dos outros, isso seria!